11 de Agosto.
Senhor,
Tu és, junto ao Pai,
o Advogado de toda a Humanidade;
Tu foste, és e eternamente serás
o guia sublime de todos os Advogados
Tu proclamaste: “aqueles que tem fome,
serão fartos e os que tem sede, serão saciados”;
Tu, ainda criança, ouvias,
discutias e interrogavas os doutores da Lei;
Tu, infinitamente misericordioso, perdoaste o servo do
Sumo Sacerdote
e os que injustamente Te condenaram;
E disseste aos teus discípulos:
“Eu vos dou a MINHA PAZ”.
Eu Te suplico, Senhor,
Faze que essa paz seja permanente
entre os homens de todos os tempos e lugares,
sem distinção de raça,
sem distinção de cor, sexo, seita,
política, religião ou condição social.
Orienta-me para que eu possa encontrar a verdade,
onde quer que ela exista,
por menor que seja o indício,
a fim de melhor promover
a defesa dos necessitados da proteção do Direito,
sem inclinar-me ante os poderosos
ou alçar-me aos humildes.
Senhor,
Ajuda-me a aquecer a letra fria da Lei
no calor do meu coração
e a aplicar com sabedoria
o espírito da Norma Jurídica,
da Doutrina e da Jurisprudência aplicados à espécie
em debate Judicial.
Permite, Senhor, que os meus conhecimentos
adquiridos no estudo diuturno
sedimentem e embasem,
com prudência e amor,
minhas lutas, vitórias ou derrotas,
em cada Instância ou Tribunal onde eu atue.
Senhor,
Torna-me um elo poderoso
entre os que tem fome e sede de Justiça,
conduzindo-me com destemor na luta honesta,
do bom Advogado, dentro do processo e da Lei,
exercendo com dignidade,
liberdade e independência minha profissão,
sem nenhum receio de desagradar a magistrados
ou autoridades constituídas,
sem temor de incorrer em impopularidade
na defesa dos sagrados direitos do meu constituinte.
Que o meu escritório seja um Templo do Direito,
dedicado a reparar os males causados pela injustiça,
pela ilegalidade, pela prepotência e pelos danos contidos
nos conflitos econômicos e sociais da humanidade,
elevando ao mais alto grau o culto à verdadeira Justiça.
Senhor,
Advogado dos Advogados,
obrigado pelo injustiçado, pelo oprimido, pelo esbulhado,
pelo condenado e pelo perseguido que me mandaste hoje.
Ilumina-me para que eu possa assegurar-lhe, novamente,
a paz e a crença na Justiça que um dia,
no passar dos séculos,
deste aos homens de boa vontade.
(by José F. de Araújo)